Severa Perda de Memória é um Indicador Precoce de Doença de Alzheimer’s
Março 14, 1997
Ataques Súbitos de Aceleramento dos Batimentos Cardíacos: Distúrbio do Pânico ou Doença do Coração?
Março 10, 1997
Como o Cérebro faz a Decisão Correta?
Março 14, 1997
Implante de Células Embrionárias para Lesões na Espinha Dorsal
Fevereiro 10, 1997

Severa perda de memória é um prévio indicador de doença de Alzheimer’s (Março 14, 1997)

Um novo estudo médico mostrou que pessoas mais velhas que apresentam sintomas precoces de causas desconhecidas de perda da memória, têm uma probabilidade mais alta de desenvolver doença de Alzheimer (48 %) quando comparadas com pacientes da mesma idade e sexo sem perda da memória (somente 18% desenvolveu a doença). A doença de Alzheimer é uma condição desvastadora, também chamada doença senil, a qual pode afetar uma grande proporção de indivíduos mais velhos, e que é caracterizada por prejuízos no pensamento abstrato, julgamento, orientação, etc. Sua condição mais característica é um grande défict de memória. As causas da doença de Alzheimer são ainda desconhecidas, mas ela é associada ao grande número de morte de células neuronais em várias partes do cérebro. O diagnóstico de perda precoce da memória pode ser usado para dar mais atenção a pacientes de maior risco.

Origem: The Lancet (1997;349:763-765)

Distúrbio do Pânico ou Doença do Coração? (March 10, 1997)

Muitas mulheres que pensam ter distúrbio do pânico, caracterizado por ataques súbitos e aterrizadores de batimentos cardíacos acelerados, ansiedade aguda e medo, podem, na verdade, ter uma doença do coração não ameaçadora à vida, comum e tratável, chamada taquicardia supraventricular paroxismica (sigla PSVT, em inglês).

Pesquisadores clínicos em Detroit (Ohio, EUA) e Spokam (Washington, EUA) determinaram que 45 % das mulheres com esta condição foram diagnosticadas incorretamente, com o frequente diagnóstico dado pelos médicos de que sua taquicardia (batimentos cardíacos acelerados) era de origem emocional ou relacionada ao stress (duas vezes mais que no homem). Doze por cento das mulheres estiveram sob tratamento psiquiátrico e levaram em média mais de três anos para diagnosticar corretamente a condição cardíaca. Mais de 90 % dos pacientes com PSVT podem ser tratadas simplesmente com medicação.

Origem: Archives of Internal Medicine

Como o cérebro faz a decisão correta ? (March 14, 1997)

Tomar a decisão certa em situações difíceis ou emergenciais é um processo muito importante e complexo realizado pelo cérebro, ainda que pouco entendido pelos neurocientistas. A questão é como o cérebro é capaz de sinalizar o melhor curso de ação, dado um número de possíveis comportamentos, por usar informação sensorial. Pesquisa experimental com macacos publicada recentemente na revista Science encontrou que um neurotransmissor (substâncias que são secretadas pelas terminações nervosas de neurônios e que são usadas para comunicação entre as células) chamado dopamina, tem um papel-chave nos processos cerebrais de tomada de decissão. Pesquisadores do texas, EUA e Friburgo, Suiça, determinaram isto por implantar pequenos eletrodos (fios metálicos usados para registrar a atividade elétrica dos neurônios) nos cérebros de macacos. Os animais foram treinados a pressionar uma alavanca em resposta a um padrão visual apresentados a eles, a fim de receber a recompensa de um suco de frutas. Desta forma, os cientistas puderam medir a taxa de disparo elétrico (refletindo o funcionamento dos neurônios liberadores da dopamina) quando a quantidade de recompensa que era esperada pelos macacos era aumentada ou dimunuída. Os resultados destes experimentos mostraram que os neurônios dopaminérgicos aumentam seus disparos quando a recompensa é maior que a esperada, e diminui quando a recompensa é menor. "A forma como os neurônios mudam suas predições correlaciona-se quase exatamente com as mudanças comportamentais do macaco ", diz um dos pesquisadores, Dr. Montague.

Origem: Science (1997;275:1593-1598)

Embryonic Nerve Cells Implant for Back Injuries (February 10, 1997)

Dr. Scott Falci, do Centro Craig para Lesões de Medula Espinhal, Denver, Colorado, EUA, realizou em Uppsala, Suiça, pela primeira vez, um transplante cirúrgico de nervo embrionário humano a um paciente crônico de lesão de medula espinhal. O paciente desenvolveu cicatriz tecidual e um cisto na medula espinhal, causando perda da sensação e movimento. As células embrionárias foram marcadas após remoção da cicatriz e cisto, na esperança de que elas crescessem e preenchessem a cavidade, parando após a degeneração da medula espinhal. Se a cirurgia funcionar, este poderá ser um revolucionário procedimento para tratar muitos tipos de doenças degenerativas causadas por lesões no cérebro. Entretanto, muitos países (incluindo os EUA) não permitem o uso de células embrionárias para este propósito.

Origem: Dr's Guides Neurological News