De acordo com o Dorland's Medical Dictionary,
Edition 28, as alucinações (manifestações comuns
de doenças neuropsiquiátricas) são "uma percepção
sem uma fonte no mundo externo; uma percepção de um objeto-estímulo
externo, na ausência de tal objeto".
Todos os sentidos podem ser sujeitos a atividade
alucinatória. Assim classificamos as alucinações como
auditivas, visuais, olfativas, gustativas, hápticas (táteis),
cinestésicas (envolvendo o sentido de movimentos corporais) e somáticas
(envolvendo a percepção de experiências físicas
ocorrendo com o corpo).
As alucinações podem ser sensações
bem formadas, bem definidas e reconhecidas (por exemplo, alucinação
auditiva de vozes falando com a pessoa ou sobre ela) ou sensações
elementares uniformes (sons estranhos, vozes irreconhecíveis falando
coisas ininteligíveis).
As alucinações são a expressão
de atividade cerebral disfuncional devida a lesão tecidual (tumores,
acidentes vasculares, cicatrizes, parasitas, infecções),
intoxicações (drogas ou produtos metabólicos) ou à
ação de fatores ainda não identificados (por exemplo,
as alucinações da esquizofrenia e dos transtornos afetivos).
A utilização de técnicas
modernas como a tomografia cerebral por emissão de pósitrons
permitiu aos investigadores identificar correlatos fisiológicos
da atividade alucinatória, como por exemplo: ativação
de áreas interconectadas na profundeza do interior do cérebro
(tálamo bilateral, hipocampo esquerdo, circunvolução
para-hipocampal, cíngulo anterior direito e córtex orbitofrontal
esquerda) e de outras áreas na superfície do cérebro
(córtices visual e auditivo); ativação reduzida na
circunvolução temporal média esquerda, na área
motora suplementar rostral e no córtex pré-frontal medial
esquerdo.
Informação adicional pode ser
encontrada nos seguintes sites: http://www.schizophrenia.com.newsletter/697/697halluc.htm
http://www.apa.org/monitor/jan97/image.html
http://www.futur.com/webtrack/sep96/sept2.htm
|